Os açorianos residentes na Bermuda, celebraram no fim-de-semana de 8 e 9 de Maio de 2010, a festa em honra e louvor ao Senhor Santo Cristo dos Milagres. Uma devoção muito querida do povo dos Açores, de modo particular dos micalenses.
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Imagem do Senhor Santo Cristo no andor |
Como não podia deixar de ser, a festa foi preparada com três dias de intensa oração e participação eucarística. Os açorianos, transformaram no sábado, dia 8, a Catedral de Santa Teresa em claustro do Convento da Esperança, com a mudança da imagem (uma pequena procissão feita no interior da igreja), onde não faltou as promessas, o hino e os aplausos ao passar a imagem.
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Celebração Eucarística |
No domingo, o dia da festa do Senhor, como tradicionalmente como é conhecido, o povo juntou-se na igreja para participar não só da eucaristia de festa, como também da procissão.
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Procissão do Senhor Santo Cristo |
Animada liturgicamente por um grupo de açorianos, o grupo coral abrilhantou dignamente a festa e foi notório verificar a alegria com que exerciam o seu canto naquele dia de festa.
A nota dominante era a alegria e a força de vontade em louvar o seu Senhor. A procissão saiu para a rua. Uma multidão acompanhava a imagem, onde não faltou os estudantes estendendo as suas capas no chão, as promessas, a filarmónica Espírito Santo, os romeiros, autoridades, clero, grupos paroquiais e os tapetes de flores na rua.
Tudo a recordar e a viver os dias de festa, mudando a Bermuda para um pouco daquilo que se vive em São Miguel. No arraial, podia-se ver as arrematações, o foclore e os artistas locais (de descendência açoriana), a viverem um momento de partilha, convívio e de encontro entre gerações de um povo que sabe o que é a luta do dia a dia.
É a saudade a bater no peito de quem vive longe da sua terra, as lágrimas transformadas em foguetes e as palmas em colchas nas janelas. É o viver de um povo numa terra banhada e beijada pelo mar, fervorosos na oração e na prece, de quem sabe o que é viver longe daquilo que mais se ama.
É o sentir de um povo distante que quer viver perto aquilo que mais lhe toca na alma, a religião. É o saborear de uma vida não só cheia de histórias alegres e tristes, mas sobretudo de uma fé que atravessou o oceano, deixou uma ilha para viver numa outra ilha.
É o povo dos Açores a espalhar pelo mundo aquilo que lhe vai no pensamento e na alma.
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